Hoje, 07 de janeiro, comemoram-se os 178 anos do início do movimento cabano no Pará, mais conhecido como a Cabanagem. A revolta contra o império, durante a regência, aqui em nosso estado foi ímpar pelo fato de os revoltosos tomarem verdadeiramente o poder. Certamente, é este o motivo de pouco se falar em Cabanagem. O projeto elitista de silenciamento deu certo! O Pará tem um vazio histórico no que tange a este assunto. Povo tomando o poder? Para quê falar sobre isto?
Nem um feriado sequer, apenas um monumento à Cabanagem esquecido em meio aos entulhos de um BRT natimorto, onde se guardavam os restos mortais de lutadores importantes, e hoje se guardam os restos de uma história não dita...Pobre Niemeyer. Nem um feriado sequer, apenas tentativas frustradas de Edmilson Rodrigues de incutir nas mentes belemenses uma identidade cabana, mas identidade não se incute, constrói-se em conjunto com outras identidades. E, infelizmente, afirmo categoricamente: NÃO SOMOS CABANOS! Quem é Angelim? E Batista Campos? Irmãos Vinagre? Como ser cabano, como se reconhecer parte da história de um povo lutador se nem ao menos se sabe quem foram estas pessoas? Como ser cabano se ainda vivemos em uma Belém com mentalidade provinciana?
Fica o registro.
VIVA O 07 DE JANEIRO, DIA EM QUE SE INICIOU UM DOS MOVIMENTOS SOCIAIS MAIS IMPORTANTES DO BRASIL, PORÉM DESCONHECIDO POR SEU PRÓPRIO POVO: A CABANAGEM!
Livro publicado no início de 2012, pelo IPAMB, fruto de um concurso literário promovido pelo instituto.
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